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Scania e Compagas iniciam demonstração com ônibus movido a GNV no transporte metropolitano

Apresentação do novo ônibus movido a Biometano/GNV Veículo lançado pela Scania tem baixo nível de ruído e emissões de gases conforme o padrão Euro 6, o mais recente adotado na União Europeia. com a presença do governador do Paraná Carlos Massa Ratinho Junior,Rafael Lamastra Jr, diretor-presidente da Compagas (Companhia Paranaense de Gás), Eduardo Pimentel, secretário de Cidades e Gilson Santos, da Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (Amep).

Um ônibus 100% movido a gás natural veicular (GNV) passou a integrar, desde o dia 3 passado, o transporte coletivo urbano da região metropolitana de Curitiba. A ação faz parte do projeto de mobilidade urbana sustentável por meio do uso do gás natural, realizado pela Compagas (Companhia Paranaense de Gás) em conjunto com a Agência de Assuntos Metropolitanos do Paraná (AMEP) e com o Governo do Estado, e em parceria com a Scania. O operador escolhido foi a Viação São José. A demonstração na linha metropolitana levará 30 dias e o objetivo será certificar os indicadores de eficiência, em especial, a redução nas emissões de poluentes.

“Várias cidades no mundo já têm praticamente 80% da sua frota movida a gás natural. Esse é o primeiro ônibus que nós teremos no Paraná para experimentar a eficiência, o custo operacional comparado a um ônibus movido a óleo diesel, além da questão ambiental, que é uma preocupação que nós temos a cada dia. É uma inovação que o Governo do Estado traz para o Paraná”, destacou o governador Carlos Massa Ratinho Junior no lançamento do projeto na última terça-feira (28 de fevereiro), no Palácio Iguaçu, sede do governo local.  

O uso do gás natural permite uma redução significativa de poluentes na atmosfera. Em relação ao diesel, o veículo a gás emite um índice que pode chegar a até 20% a menos de CO2 (dióxido de carbono, o gás que provoca o efeito estufa). Os benefícios também estão ligados diretamente à saúde da população. A redução de óxidos de nitrogênio (NOx) é de quase 90% e de material particulados chega a 85%. Os efeitos são de curto prazo, com um menor índice de doenças cardiovasculares e da perda de produtividade causada por esses poluentes. 

Para o CEO da Compagas, Rafael Lamastra Jr, o projeto coloca o Paraná em um movimento de destaque em sustentabilidade e mobilidade urbana. “O gás natural é reconhecido como uma energia mais limpa e colabora diretamente para a transição energética com melhor competitividade. Já os veículos de transporte coletivo a gás são uma realidade nas principais cidades do mundo e nós precisamos aplicar essa tecnologia em nosso Estado, realizando a substituição de ônibus por modelos capazes de contribuir com o meio ambiente, a saúde da população e com a economia”, diz. 

O ônibus da Scania durante a demonstração fará parte da frota da Viação São José. O itinerário escolhido foi a linha São José / Guadalupe e percorrerá, diariamente, um trajeto de mais de 280 km entre São José dos Pinhais e Curitiba. O veículo Scania é do tipo padron e de modelo K 280, com 13,2 metros de comprimento e capacidade para 86 passageiros. Essa é a primeira vez que o ônibus a gás é testado em uma linha metropolitana.  

O mercado do Paraná é de grande interesse para a Scania, e por isso a empresa investe no projeto de demonstração do veículo na região metropolitana de Curitiba para comprovar as vantagens da solução a gás. “Temos um pacote completo alternativo ao diesel composto por excelente produto, serviços, eficiência energética, tecnologias avançadas e viáveis, e sistemas eficazes para uma moderna e rentável gestão da operação. Tudo em uma perfeita união de mobilidade sustentável com economia operacional. Para o usuário do ônibus haverá ainda grande diferença na poluição auditiva, pois o veículo a gás é muito mais silencioso do que o similar a diesel”, afirma Celso Mendonça, gerente de Vendas de Soluções de Mobilidade da Scania Operações Comerciais Brasil. 

“Ter a oportunidade de realizar a demonstração do ônibus urbano a gás em uma linha metropolitana é um grande privilégio para reforçar que esta solução, além de sustentável, é extremamente viável. A eletrificação do transporte é um caminho, mas sabemos que ainda não é acessível, por isto podemos explorar e aproveitar outras opções, como o veículo a gás. O Paraná é um Estado marcado pelo compromisso, seriedade, muito trabalho e inovação, características que têm tudo a ver com esse projeto de demonstração. Ofertar as melhores soluções é o principal lema que move o nosso negócio, e ser sustentável é uma premissa, inserida no DNA da Cotrasa e da Scania”, diz Cristiano Locatelli, diretor da Cotrasa, a Casa Scania que atende a região. 

Sobre o ônibus a gás natural veicular (GNV)

Para viabilizar os ônibus a gás Scania não são necessárias alterações significativas nos projetos das carrocerias. As instalações dos cilindros de gás podem ser feitas entre as longarinas do chassi (abaixo do assoalho) ou sobre o teto. Caso seja necessária uma autonomia maior, é possível avaliar a colocação de mais cilindros. 

O modelo K 280 4×2 tem propulsor de 280 cavalos de potência. Seu motor é Ciclo Otto (o mesmo conceito dos automóveis) e movido 100% a gás e/ou biometano, ou mistura de ambos. Não é convertido do diesel para o gás, tem garantia de fábrica, tecnologia confiável e segura, desempenho consistente e força semelhante ao similar a diesel, além de ser mais silencioso. Neste momento, é o ideal para o ‘Aqui e Agora’ no país, pois se enquadra nos três pilares sustentáveis: econômico, social e ambiental. Para o ônibus em demonstração, foram instalados oito cilindros de gás na lateral dianteira com uma autonomia de 300 km. Caso um cliente deseje autonomia maior, é possível avaliar a colocação de mais cilindros. 

A segurança é total em caso de acidentes ou explosão. Os cilindros e válvulas são certificados pelo Inmetro (em conformidade com a lei). São três válvulas (vazão, pressão e temperatura) que liberam o gás em caso de anomalia em um destes três quesitos. Os cilindros são extremamente robustos (o material é de ogivas de mísseis). Em caso de incêndio ou batida o gás é liberado para a atmosfera e se dissolve sem perigo de explosão ao contrário de um veículo similar abastecido a diesel que é mais perigoso, pois o líquido fica no chão ou pode se espalhar ao longo da carroceria. 

Fonte: Scania Brasil
Foto: Albari Rosa

 

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