Começou. Agora vai? E a greentech BYD, maior fabricante de carros de energia limpa do mundo, anunciou o início das obras da primeira fábrica de carros elétricos no Brasil na última semana (05.03.2024). Entretanto, o complexo fabril será construído do zero, em uma área que faz parte do terreno antes utilizado pela Ford. 

E o início da construção dá continuidade ao processo de instalação do maior polo industrial da BYD fora da China. Além disso, foi confirmado um total de investimento de R＄ 3 bilhões. Mas, de acordo com a marcha chinesa, a expectativa é iniciar a produção entre o fim de 2024 e o início de 2025. Contudo, com capacidade instalada próxima de 150 mil veículos por ano durante a primeira fase de implantação.

Além disso, a BYD pagou ao Governo da Bahia o valor de R＄ 287.816.458,00 pela compra do complexo que possui 4,6 milhões de m2 de área total. E na primeira fase de obras, serão 26 construídas novas instalações entre galpões de produção, pista de testes e outras estruturas que vão ocupar uma área de cerca de 1 milhão de m2. Já as antigas instalações do complexo serão destinadas a fornecedores que vão ajudar na produção de partes e peças dos novos veículos.

PRIMEIROS MODELOS PRODUZIDOS

E inicialmente, os carros fabricados no complexo serão o BYD Dolphin; o BYD Song Plus; o BYD Yuan Plus; e o BYD Dolphin Mini, recém-lançado no Brasil. 

Segundo informações e desejo da BYD e do Governo da Bahia serão gerados cerca de 10 mil novos postos de trabalho nos próximos anos.

Dolphin Mini

Lançado recentemente e com vendas já iniciadas, o Dolphin Mini já teve 7600 unidades comercializadas apenas nos primeiros dias após o lançamento, segundo a BYD.

E o BYD Dolphin Mini chega ao mercado brasileiro itens como carregamento por indução para celulares, portas USB-C e USB-A, ajuste elétrico do banco do motorista, regulagem de altura e profundidade do volante, botões de função no volante, cluster digital, tela de multimídia com mais de 10 polegadas que rotaciona e por onde o motorista pode regular diversos ajustes do carro.

Além de ser automático, possui conectividade e espelhamento de tela para celulares com sistemas Apple CarPlay e Android Auto, ar-condicionado, seis airbags, faróis em led, rodas aro 16 em liga leve, todas as opções de cores sem custo extra, bancos em revestimento premium ecológico, chave de presença, aplicativo com funções à distância, uso de NFC para abertura do carro, câmera de ré, sensor de estacionamento, garantia de cinco anos para o carro e de oito anos para a bateria.

Mas segundo a BYD, o Dolphin Mini faz o equivalente a 70 km/l de gasolina na comparação com um carro a combustão. Rodando na cidade, a autonomia do modelo pode chegar a 405 km pelo ciclo CLTC.

OPINIÃO DO FREIRE

Com o apoio dos governo estadual da Bahia e Federal, além de toda a estruturação de concessionárias e infraestrutura mundial, a BYD se consolida como uma das marcas em ascensão e fortes possibilidades para o mercado brasileiro. Mas precisará solidificar toda a sua rede com qualidade no atendimento do Pós-Venda (serviços) e de um centro de distribuição de peças para não frustrar o seu consumidor e não inibir as vendas. Assim como, o sucesso dos seus produtos.

Mas ter uma rede eficiente e de qualidade são fundamentais para o sucesso da marca. E além disso, satisfazer rapidamente todas as necessidades do seu cliente, quando necessário. Crescer e se manter forte não são objetivos fáceis. Enquanto isso, aguardemos os próximos capítulos e as próximas novidades da marca para o mercado brasileiro e sul-americano.

E a geração de empregos e renda para a Bahia, com essa nova fábrica, e a renovação (oxigenação) do Complexo Fabril de Camaçari são grandes incentivos para novos fornecedores e até mesmo fabricantes para a região. Contudo, entretanto e todavia, o mercado e a economia precisam estar fortes e tendo resultados positivos para fomentar toda a cadeia produtiva do segmento.

Já os empresários (concessionários), que investiram na marca e no projeto BYD, estão super otimistas e empolgados. E você, o que achas? Fica ou passa? E não nos esqueçamos de ficar de olho nos investimentos privados para garantir toda a logística de carregamento nas cidades e estradas, além da viabilidade e continuidade da manutenção dos carros e substituição viáveis e eficientes das baterias.