De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), há produtos que circulam no mercado sem nenhum tipo de registro, podendo ocasionar sérios danos aos veículos. Sandro Cattozzi, consultor técnico de lubrificantes da Raízen, esclarece as seis principais dúvidas em relação ao óleo de motor do carro.
- Todos os óleos lubrificantes são iguais e podem ser utilizados em qualquer tipo de motor – MITO. Para cada tipo de aplicação, haverá um lubrificante recomendado, que trará mais benefícios. A composição, pacote de aditivos, diferenças de viscosidade e impacto na performance também variam conforme o produto. Além disso, cada tipo de veículo tem uma especificação de qual é o melhor lubrificante a ser utilizado, com recomendações da montadora no manual do proprietário.
- Aditivos em lubrificantes melhoram o desempenho do motor – FATO. Óleos minerais comuns permite que impurezas se aglomerem e formem uma camada de borra na superfície do motor. Isso pode impedir uma lubrificação adequada e levar à falha prematura do motor. Um pacote de aditivos adequado possui agentes de limpeza ativa, impedindo o acúmulo de partículas de sujeira e a consequente formação de borra.
- Motos não precisam de lubrificantes específicos – MITO. Lubrificantes para carros e motos são semelhantes e regulamentados pela mesma norma, mas não contam com os mesmos aditivos. Isso porque, nas motocicletas 4 tempos, o câmbio também é lubrificado pelo óleo de motor, diferentemente do que ocorre nos carros. Dessa forma, o uso do óleo de carros em motos pode provocar problemas na embreagem e no câmbio.
- Óleos lubrificantes permitem a redução da temperatura no motor – FATO. O óleo lubrificante permite o controle da temperatura do componente lubrificado seja pela redução da fricção ou pela troca térmica em sistemas de recirculação de óleo. Com isso, há uma diminuição da temperatura gerada pelo movimento e um aumento da eficiência, já que em uma superfície lubrificada, será necessário aplicar uma menor quantidade de energia para executar um mesmo movimento.
- Óleo e graxa são a mesma coisa – MITO. Apesar de serem lubrificantes, com aditivos que melhoram o desempenho do componente, existem certas diferenças entre ambos. O óleo, que é o tipo mais utilizado, tem capacidade de auxiliar no controle da temperatura e da limpeza das peças lubrificadas, transmitir força e energia em aplicações hidráulicas, prevenir oxidação e corrosão dos componentes, facilidade na troca do lubrificante, entre outras vantagens. As graxas, por outro lado, por serem pastosas, permitem uma melhor característica de vedação, principalmente para impedir a entrada de contaminantes, pois se fixam melhor no local de aplicação e não escorrem e nem vazam como os óleos.
- Sintéticos possuem maior grau de pureza – FATO. Produzido por processos mais complexos por meio da modificação química das moléculas, os óleos básicos sintéticos possuem alto grau de pureza. Os lubrificantes minerais, obtidos pelo refino do petróleo, contam com menor custo de aquisição, tendo maior variação de suas características durante o uso e requerem menores intervalos de troca, pois suas moléculas se oxidam mais rapidamente. Existem ainda os semi-sintéticos, com melhores propriedades, contendo componentes minerais e sintéticos, e melhor custo-benefício do lubrificante final.
Fonte: Garagem 360